Skip to main content

Evolução socioeconômica

A região de Tindiqüera, mesmo não possuindo ouro, atraiu alguns interessados pela pequena região de campos incrustada e cercada por matas onde predominava a araucária e a imbúia. O trabalho consistia em cultivar a terra e criar gado em pequena escala, produzindo apenas o suficiente para o sustento das famílias. O isolamento em que viviam e a ausência do mercado consumidor impossibilitavam qualquer tipo de comércio.

Surgiu então na região de Tindiqüera, um pequeno porto para canoas, conhecido como Passo das Laranjeiras. A partir daí se ergueu o aglomerado de pessoas que forneciam a Vila de Araucária.

Tindiqüera era também passagem obrigatória entre Curitiba e Lapa. No final do século XVIII, a região produzia feijão, milho, fumo, toucinho, erva-mate e trigo.

Quanto à erva-mate, inicialmente, atendia apenas o consumo local. Mais tarde o produto passou a ser exportado. Araucária era ponto de parada para quem transportava erva-mate da Lapa para Curitiba.

Em 1866 a Freguezia do Iguassú contava com 2.565 habitantes, dos quais 125 eram escravos que trabalhavam na agricultura e nos engenhos de soque.

Os moradores de Araucária se dedicaram à exploração de erva-mate até a década de 1940, quando houve o declínio das exportações para a Argentina que se tornou autossuficiente. Este trabalho era uma atividade exclusivamente masculina.

A presença dos imigrantes estrangeiros, a partir de 1876, modificou a paisagem da região, com grande desenvolvimento da agricultura.

A exploração comercial da madeira iniciou-se na Freguezia do Iguassú a partir do século XIX, até a década de 1930, quando entra em crise pela devastação das reservas.

O crescimento econômico da região proporcionou a abertura de mercado para outras atividades geradoras de emprego para a população como olarias, cerâmicas, moinhos, fábricas de palhões, de massa de tomate, de caixas de madeira, de linho, de fósforo, de balas, de bolachas e torrefação de café.

Em 1972, com a instalação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas e em 1973 com a criação do CIAR (Centro Industrial de Araucária), ocorreu um crescimento bastante acentuado e uma inversão no quadro populacional, econômico e social do Município, no qual a população urbana passou a superar a rural com a vinda de um contingente populacional de vários pontos do país e a economia, que se baseava na agricultura e pecuária, passou a ser predominantemente industrial – urbana.

Referência: - ARAUCÁRIA, Prefeitura Municipal. Agricultura e indústria: a memória do trabalho em Araucária, 1990.